OBESIDADE BRASILEIRA - CONSEQUENCIAS

Conseqüências

A realidade nacional anda cada vez mais pesada. Nada menos que 40% da população brasileira tem problemas com a balança e 11% já são declaradamente obesos - contra apenas 5% na década de 1970. Tudo graças aos péssimos hábitos do mundo moderno. Está certo que estamos longe da epidemia que assola os Estados Unidos, onde 30% das pessoas são obesas, mas isso não alivia a carga. Afinal, o excesso de peso é uma doença grave, e eliminar dobrinhas significa muito mais do que manter uma boa silhueta: é sinônimo de saúde.

O impacto no espelho e as dificuldades em fazer algumas tarefas diárias que muitos gordinhos relatam são apenas o menor dos males da obesidade. Os quilos em excesso respondem por uma infinidade de doenças que muitas vezes parecem não ter a mínima relação com a balança. Mas é fato: eles sobrecarregam os órgãos, aumentando a freqüência dos batimentos cardíacos e a contração das artérias. Além dos males cardiovasculares, o obeso está mais exposto a doenças como hipertensão, diabete, depressão e apnéia. Aliás, a obesidade é um dos pilares da chamada síndrome metabólica, um pacote de distúrbios que abre caminho a diversas doenças. As células de gordura também aumentam os níveis de insulina e estrogênio, que aceleram a reprodução celular - um atalho para o surgimento de tumores. Isso tudo sem contar a dificuldade em gerar filhos: o excesso de peso compromete a produção de espermatozóides e a qualidade dos óvulos. Nas mulheres, há mais tendência a formar cistos no ovário.